segunda-feira, 24 de abril de 2023

Custa caro ao prefeito manter a crise na educação de Parnaíba


 

 

O prefeito Mão Santa (União Brasil), está pagando um preço altíssimo politicamente, ao não dar ouvidos aos servidores, a maioria dos vereadores da oposição e de sua própria base, quando o assunto é a educação de Parnaíba.


A crise que se instalou na secretaria de educação, se aproxima dos 50 dias, e está indo cada vez mais, de mal a pior.


Nos principais veículos de comunicação do Piauí, os escândalos ganham destaque e expõem uma educação que em nada se parece a da propaganda oficial da prefeitura.


Em 30 dias nomes de diretores escolares sem formação surgiram em uma lista que demorou 1 ano para chegar na câmara municipal. Na mesma lista constava o nome de uma falecida. O documento foi assinado pela secretária Fátima Silveira, de quem os vereadores exigiam explicações para o descumprimento da Lei 3. 660 sancionada pelo chefe dela, o prefeito Mão Santa.


Fátima Silveira é indicação da vereadora Neta Castelo Branco (União Brasil), vereadora que detém a maior parte das indicações na estrutura do poder executivo.


No mesmo período dos escândalos envolvendo a lista com gente falecida, greves foram deflagradas, exigindo pagamentos de gratificações e contra o assédio moral.


Servidores denunciaram em praça pública que estavam sendo assediados pela secretária Fátima Silveira.


Uma servidora da secretaria enviou também durante o período, um áudio em que a própria secretária diz “Eu faço que nem o Mão Santa, você pergunta pra ele uma coisa e ele responde outra” disse Silveira referindo-se às perguntas feitas pelos vereadores, na ocasião em que ela foi convocada para prestar esclarecimentos sobre outras denúncias.


Na semana passada, o vereador Carlson Pessoa (União Brasil), disse que foi procurado por uma mãe de um estudante da rede de ensino municipal, que se queixava da falta de um profissional que acompanhasse o filho na sala de aula. O filho desta mãe segundo o vereador, tem o diagnóstico de autismo.


“Imaginem o que a secretária de educação teve a coragem de dizer (...) ainda bem que na minha família não tem esse problema” relatou o vereador.


Não bastasse todos esses escândalos. Hoje (24), a frente da secretaria municipal de educação foi ocupada por outras mães de alunos, que protestaram contra a exoneração de uma diretora escolar, o que elas chamaram de “perseguição”.


De todas as pautas, apenas o pagamento da gratificação foi assinado, e deve começar a ser pago a partir de maio. Nas palavras de Mão Santa “dinheiro tem”.


Quanto ao outro preço de manter o ego político de aliados, esse pode sair mais caro, e o tempo dirá.  

 

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