O prefeito Mão Santa (União Brasil), está pagando um preço
altíssimo politicamente, ao não dar ouvidos aos servidores, a maioria dos
vereadores da oposição e de sua própria base, quando o assunto é a educação de
Parnaíba.
A crise que se instalou na secretaria de educação, se
aproxima dos 50 dias, e está indo cada vez mais, de mal a pior.
Nos principais veículos de comunicação do Piauí, os escândalos
ganham destaque e expõem uma educação que em nada se parece a da propaganda
oficial da prefeitura.
Em 30 dias nomes de diretores escolares sem formação
surgiram em uma lista que demorou 1 ano para chegar na câmara municipal. Na mesma
lista constava o nome de uma falecida. O documento foi assinado pela secretária
Fátima Silveira, de quem os vereadores exigiam explicações para o
descumprimento da Lei 3. 660 sancionada pelo chefe dela, o prefeito Mão Santa.
Fátima Silveira é indicação da vereadora Neta Castelo Branco
(União Brasil), vereadora que detém a maior parte das indicações na estrutura
do poder executivo.
No mesmo período dos escândalos envolvendo a lista com gente
falecida, greves foram deflagradas, exigindo pagamentos de gratificações e contra
o assédio moral.
Servidores denunciaram em praça pública que estavam sendo
assediados pela secretária Fátima Silveira.
Uma servidora da secretaria enviou também durante o período,
um áudio em que a própria secretária diz “Eu faço que nem o Mão Santa, você
pergunta pra ele uma coisa e ele responde outra” disse Silveira referindo-se às
perguntas feitas pelos vereadores, na ocasião em que ela foi convocada para
prestar esclarecimentos sobre outras denúncias.
Na semana passada, o vereador Carlson Pessoa (União Brasil),
disse que foi procurado por uma mãe de um estudante da rede de ensino
municipal, que se queixava da falta de um profissional que acompanhasse o filho
na sala de aula. O filho desta mãe segundo o vereador, tem o diagnóstico de
autismo.
“Imaginem o que a secretária de educação teve a coragem de
dizer (...) ainda bem que na minha família não tem esse problema” relatou o
vereador.
Não bastasse todos esses escândalos. Hoje (24), a frente da
secretaria municipal de educação foi ocupada por outras mães de alunos, que
protestaram contra a exoneração de uma diretora escolar, o que elas chamaram de
“perseguição”.
De todas as pautas, apenas o pagamento da gratificação foi
assinado, e deve começar a ser pago a partir de maio. Nas palavras de Mão Santa
“dinheiro tem”.
Quanto ao outro preço de manter o ego político de aliados,
esse pode sair mais caro, e o tempo dirá.
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